O Big Ice me deixou bastante avariado, além das dores nas pernas (que até eram aceitáveis), havia o meu calcanhar que foi levemente "esfolado" pelos grampões. Desta forma, tivemos que ficar mais um dia em Calafate. No outro dia, já melhor, pegamos o ônibus que parte para Chaltén às 08:00 e tentaríamos fazer alguma trilha por lá, já que para não desfigurarmos o roteiro, não poderíamos nos estender mais, já que no outro dia deveríamos estar em Puerto Natales.
Chegamos a Chaltén às 11:00. Mas antes mesmo de adentrar a cidade, você já se maravilha com a beleza local, há uma enorme quantidade de montanhas cobertas por gelo das mais belas que se possa imaginar, é impossível não se apaixonar pelo lugar. De cara, já criamos uma enorme expectativa para a trilha que faríamos. Primeiramente o ônibus parou em frente ao centro turístico local e lá tivemos uma pequena palestra a respeito das trilhas e do parque nacional. Vale a pena prestar atenção, pois as dicas são boas. Visto isso, voltamos ao ônibus e este nos deixou na rodoviária. Todos nós descemos e partimos direto para a entrada da trilha rumo ao Fitz Roy. O vilareijo de Chaltén é muito agradável, vivem apenas 600 pessoas permanentes por lá, mas no verão esse número cresce muito. Apesar de muito pequeno, pude notar a presença de bares e restaurantes aparentemente interessantes. Paramos na volta em um deles e foi uma ótima escolha.
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Ainda no ônibus a caminho de Chaltén |
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Ainda no ônibus a caminho de Chaltén |
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Fitz Roy visto da cidade. |
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Uma das montanhas em volta. |
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Início do vilarejo. |
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Um pouco do vilarejo. |
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Um pouco do vilarejo. |
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Um pouco do vilarejo. |
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Um pouco do vilarejo. |
Ao iniciarmos a trilha ao Fitz Roy sabíamos que teríamos que apertar o passo, já que teríamos que pegar o ônibus de volta às 18:00. Não sabíamos se iríamos até o fim, mas de qualquer forma rumaríamos em direção a Laguna Capri e lá decidiríamos se prosseguiríamos ou não. Logo no início da trilha, após subir bastante a montanha, nos deparamos com uma bela vista do vale que deixamos lá para baixo, o vento batia com brutalidade, foi talvez a primeira vez que pudemos constatar a veracidade acerca das rajadas de vento da Patagônia.
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Início da trilha. |
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Vista para o vale. |
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O vento patagônico. |
A trilha foi seguindo, sempre costeando o precipício a nossa direita. Passamos por um bosque e logo depois chegamos ao primeiro mirador do Fitz Roy. O mirador é fantástico, o vento lá também era muito violento, mas o dia não era dos mais belos, infelizmente as nuvens não nos abandonaram e não pudemos ver o Fitz Roy com toda a sua imponência. Lamentamos demais, pois nos deslumbramos apenas com o pouco que vimos, imaginamos o qual fantástico seria vê-lo por inteiro. Assim seguimos até a laguna Capri. Após um pouco mais de trilha, encontramo-nos com a lagoa. O local é muito belo, a lagoa é cercada pela floresta e pelas montanhas locais, também é possível de lá ter a visão do Fitz Roy, pena que as nuvens não davam trégua. Ficamos um tempo lá curtindo o local, sentimo-nos como se fossemos os últimos habitantes da terra, que experiência! O Lugar parecia nunca visitado pelo homem.
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Segue a trilha. |
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Bosque |
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Primeiro mirador |
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Vista do primeiro mirador. Fitz Roy encoberto. |
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Montanha com glaciar. |
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Laguna Capri. |
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Laguna Capri. |
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Fitz Roy à esquerda poderia ser visto da lagoa. |
O tempo era curto, seria arriscado demais prosseguir até o final da trilha. Sabíamos que nada mais encontraríamos, pois por mais perto que chegássemos ao Fitz Roy, não veríamos muita coisa nova já que as nuvens estariam lá o encobrindo. Decidimos voltar e com o tempo que restasse visitar o rio que vimos lá de cima no vale. Após retornar, nos dirigimos até o rio e lá ficamos por uns 20 minutos e depois seguimos em direção da rodoviária, mas antes encontramos um pub que me chamou muito a atenção: La Cervecería! Não poderia deixar de visitá-lo. Para minha grata surpresa, existia ali um chopp artesanal da casa, não vacilei e mandei ver logo o meu. O mesmo foi servido numa bela caneca de vidro e chamou a atenção pela bela e volumosa espuma. Tinha coloração amarelo turvo, lembrando cerveja weizen, sabor azedinho no final, refrescante, lembrando até uma witbier, só que sem a laranja. Gostei e pedi mais outro.
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Pedra Gorila. |
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O rio da volta. |
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La Cervecería. |
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Um brinde! |
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Ótimas empanadas de carne. |
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Ahhhhhhh. Merecíamos! |
Retornamos a Calafate com o sentimento de que teríamos de voltar a Chalén alguma outra vez para não só visitar o Fitz Roy em um dia ensolarado, mas também realizar várias outra trilhas que lá existem. Algum dia voltaremos e passaremos um bom tempo por lá, pois realmente é o que todos dizem, Chaltén é o paraíso e capital mundial do trekking!
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